sábado, 6 de julho de 2013
Quantas vezes ficamos apreciando e nos emocionando com imagens, vídeos e noticiários de pessoas debilitadas fisicamente que não vêem em suas deficiências obstáculos para vencerem na vida. Em muitos momentos debruçamos nossos olhares para grandes empresários que um dia foram simples operários e que alcançaram o ápice em sua vidas (não cabe aqui discutirmos as razões).
Paramos para aplaudir artistas globais, atletas renomados e bem remunerados, enfim, figuras da grande mídia imersas nos grandes centros econômicos sejam eles nacionais ou internacionais.
É importante ressaltar que não há necessidade em centramos nossos olhares a plagas tão distantes, se ao nosso redor encontramos fontes de superação e conquistas, pessoas simples que devido a suas fragilidades, são tratadas com desprezo e preconceito, sendo colocadas a viverem a margem da sociedade.
Foi pensando em mostrar um pouco do trajeto de algumas personalidades lagartenses que mensalmente estarei me utilizando dessa importante ferramenta para prestar minha simples homenagem aos filhos ilustres desses torrões, ilustres nas atitudes, nas ações, nos comportamentos para com o outro, e pela humildade, virtude indispensável em qualquer ser humano. Eles não querem ser reconhecidos, só precisam ser respeitados.Paramos para aplaudir artistas globais, atletas renomados e bem remunerados, enfim, figuras da grande mídia imersas nos grandes centros econômicos sejam eles nacionais ou internacionais.
É importante ressaltar que não há necessidade em centramos nossos olhares a plagas tão distantes, se ao nosso redor encontramos fontes de superação e conquistas, pessoas simples que devido a suas fragilidades, são tratadas com desprezo e preconceito, sendo colocadas a viverem a margem da sociedade.
Para começar meu exercício em mencionar os guerreiros do cotidiano lagartense, não poderia deixar de destacar o cidadão Antônio Carlos, ou mais conhecido Tico do doce. Sua saga poucos conhecem, sua luta de superação poucos se atentam, porém é quase impossível alguém em nossa cidade não tê-lo visto nas ruas de Lagarto, abordo do seu Triciclo repleto de doces e algo a mais.
É assim que ele ganha a vida, sua debilitação física que o acompanha desde os cinco anos de idade, após um banho no riacho Carapina, no povoado Queiroz, não foi capaz de tirar sua vontade de viver. Desde aquele momento sua vida se transformou, uma criança que tinha tudo para ser como qualquer outra se viu atrofiada em uma cadeira de rodas por muitos anos, nada podia fazia sem a ajuda dos familiares e amigos.
Porém, através de acompanhamentos médicos e de sua garra, conseguiu vencer seus primeiros obstáculos, não mais precisava de cadeira de rodas, sua ferramenta agora era a muleta e seu instrumento de trabalho era uma enxada. Trabalhando em laranjais no interior baiano, conseguiu suas primeiras economias. Ao retornar para sua terra natal, Lagarto, mandou construir o que hoje é seu meio de locomoção e de sustento. Mesmo sendo aposentado, não se acomoda e busca outras fontes de renda com objetivo de proporcionar a sua filha Larissa melhores condições de vida.
O que para muitos seria impossível, para ele tornou-se natural. O que muitos usariam como pretexto para favorecimento próprio, ele utiliza como degrau para superar obstáculos. E dar o seu exemplo de homem trabalhador e honesto a uma sociedade que aos poucos estão perdendo seus valores. Com Tico a palavra deficiência ganhou um novo significado: EFICIÊNCIA.
Esse é Antônio Carlos, Tonho, Tico do doce e tantos outros nomes que lhe são atribuídos. No entanto, se pudéssemos escolher um nome ideal para defini-lo, chamaríamos de VENCEDOR!!!
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- Renato Araujo Chagas, graduado em História pela Universidade Federal de Sergipe.
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