quarta-feira, 11 de setembro de 2013
POR José Uesele O. Nascimento
O Grupo Cultural "Tecendo a Manhã" foi fundado em meados de 2005 por Fábio de Oliveira, que, na ocasião, recebeu o apoio de César de Oliveira e Uesele Nascimento (ainda hoje integrantes do grupo). Inicialmente, a ideia era apenas reunir pessoas que comungassem do gosto pela poesia e realizar saraus literários na sua pacata cidade de origem, Lagarto. O primeiro deles aconteceu no dia 03 de setembro de 2005 e teve como foco a obra de João Cabral de Melo Neto, autor do poema "Tecendo a manhã", que dá nome ao grupo. Sucederam a esse outros tantos saraus, a exemplo dos que trabalharam a poesia de Luís Vaz de Camões, Fernando Pessoa e Florbela Espanca, sempre primando pela poesia e pelas apresentações musicais que desfechavam os eventos.
Ao longo do tempo, sentiu-se a necessidade de expandir a ideia e as atividades artísticas. Depois de um período de latência, veio a primeira peça encenada pelo grupo: O Oratório de Santa Maria Egipcíaca, que ficou em cartaz em 2008 e cujo texto é da poetisa Cecília Meireles. O grupo agora tinha uma formação mais fixa do que na época dos saraus, fator determinante para a consolidação desse e dos trabalhos que estariam por vir.
Em 2009, o Tecendo a Manhã apresentou a peça O livro dos dias, baseada na obra do poeta Augusto dos Anjos, que já havia sido trabalhado na época dos saraus. Em 2010, o espetáculo apresentado foi A flor e o tempo, baseado na poesia de Carlos Drummond de Andrade, também já trabalhado enquanto sarau. Essas duas apresentações foram montadas totalmente a partir de poemas dos respectivos autores, mas a escolha dos textos, sequenciação, montagem final e direção teatral foi de Fábio de Oliveira (diretor do grupo).
Ao longo desses anos, também foi trabalhado um esquete do poema O operário em construção, de Vinicius de Moraes, pequena apresentação com temática advinda do contraste social capitalista. Essa apresentação foi encenada pela primeira vez em 2005, no sarau "A arca em construção", que focou esse texto e poemas infantis de Vinicius de Moraes. De lá para cá, o grupo tem apresentado o esquete em diversas ocasiões.
Ainda em 2010, o Tecendo a Manhã apresentou, no I Festival de Cenas Curtas do Teatro Sergipano (FACETAS), o esquete Retrato de Ausência. O breve espetáculo, que é o primeiro trabalho do grupo cuja escritura é de alguém do grupo (no caso, de Fábio de Oliveira), possui apenas 15 minutos, mas traz uma carga dramática bem mais densa do que esse aparente pouco tempo comporta.
Grupo Cultural Tecendo a Manhã
Contatos:
E-mail: grupo.tecendo.a.manha@hotmail.com
Página na internet: http://grupo-tecendo-a-manha.blogspot.com
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- Renato Araujo Chagas, graduado em História pela Universidade Federal de Sergipe.
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