quinta-feira, 17 de setembro de 2015
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Por: Ana Laura e Gabriela Santana*.
O filme “O pianista”, dirigido por Roman Polanski, tem como personagem protagonista Wladyslaw Szpilman, um pianista judeu e polonês que vivenciou a Segunda Guerra Mundial e viu a Polônia ser invadida em primeiro de setembro de 1939. A segunda Guerra Mundial a princípio duraria pouco tempo, entretanto estendeu-se por longos e duradouros seis anos, tempo em que os Judeus suportaram “viver” em situações precárias e desumanas.
Vale ressaltar que na trama a vida que antes era tranquila e normal acabou se tornando conturbada e sofrida com a guerra. Intolerantes e com diferentes modos de pensar os nazistas alemães agiam com toda a sua crueldade com os judeus. Naquela época a cidade de Varsóvia vivia um grande momento de destruição que jamais seria esquecido na mente das pessoas que sobreviveram.
É compreensível no filme que a família simples do pianista foi totalmente abalada com o início da guerra, mesmo vivendo pequenos momentos de esperança com a notícia que a França e a Inglaterra declarariam guerra aos alemães. Todavia, esses momentos foram breves, pois os nazistas em pouco tempo dominaram Varsóvia trazendo consequências nefastas aos judeus, como excluírem de lugares públicos (cafés, praças, restaurantes), e os obrigando a usarem emblemas, identificando-os como se fossem animais.
A população judaica foi induzida para uma área reservada conhecida como gueto, só que tiveram a oportunidade de levar poucos pertences que mesmo assim seriam tomados pelos nazistas, lá viveram momentos terríveis passando por situações graves, muitos eram mortos de formas brutais ao tentarem lutar pela vida. Posteriormente foram levados para campos de concentração, onde viveram a realidade da Segunda Guerra Mundial, ou seja, uma época de conflitos, tensões e mortes. Em todos os períodos da história, esse foi sem dúvida o que mais ocorreu perdas, perseguições e injustiças.
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O conflito era visto pela Alemanha como uma vingança da derrota na Primeira Guerra Mundial, então os alemães despejaram toda sua revolta nos países, na busca da formação do Terceiro Reich, sendo um deles a Polônia.
No decorrer da longa metragem percebe-se que, a população polonesa incluindo os judeus, viviam tranquilamente suas rotinas, seguindo sua religião e as suas escolhas, porém foram surpreendidos como a chegada dos nazistas alemães que queriam dominar e impor um regime de semiescravidão. Então o povo não teve tempo de se preparar foram humilhados, massacrados e expulsos de suas residências, sendo tratados como se fossem mercadorias e não como seres humanos que tem emoções, tristezas, frustrações, dores, medos e sonhos como quaisquer outras pessoas, sonhos que iam se acabando no coração daquele povo sofrido.
Ao serem levadas para campos de concentração, aquelas pessoas confusas, sem planejamentos e metas, passavam por dificuldades como fome, frio, perseguições e acabavam ficando com problemas físicos e também psicológicos.
Wladyslaw que esteve separado da sua família sentiu-se desnorteado, aquela situação indignante fez com que ele ficasse vagando por lugares abandonados, sobrados totalmente destruídos pelos nazistas, sobrevivendo apenas pelo pouco que conseguia e pelo sonho de retomar a sua vida e voltar a ser um pianista. A sua perseverança e a sua vontade de viver se reestruturou e assim voltou a ser um pianista de sucesso.
A guerra não acabou com a vida do pianista como acabou com a da sua família e amigos, ele retornou ao seu trabalho, contudo a marca da terrível guerra nunca saiu da sua mente e a lembrança de toda a sua família e todos que foram mortos serão lembrados para sempre.
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Assim sendo, quando se lembrarem da Segunda Guerra Mundial, lembrem como um conflito que mudou o mundo que Hitler com toda sua força e crueldade se empenhou em dominar todos os países e em ter o pleno poder de tudo, acabar com todos os sonhos e desejos de milhões de pessoas que jamais serão esquecidas por todos que vivenciaram o sofrimento. Quando estudarem a guerra e todos os motivos que ocasionaram essa destruição no mundo, lembre-se de todos os soldados que foram levados para lutarem por uma pátria que não se importava verdadeiramente com o seu povo e sim por prestígio e riquezas.
Os grandes líderes eram vistos como heróis por muitos, como homens fortões e decididos, pobres pessoas enganadas por publicidade, pessoas que deixavam família e tudo o que tinha, tinham muitas dúvidas e uma única certeza que poderiam ser mortos e largados como meros objetos a serviços do exército para “proteger a nação”, só pelo sentimento de amor a pátria.
A Alemanha, um país que foi massacrado na Primeira Guerra Mundial veio com força para a segunda e quem sofreu com isso não foram poucas pessoas, mais uma massa de pessoas humilhadas, seres humanos que só queriam viver a sua vida e foram mortos.
A guerra acabou e os países voltaram a comandar em seus territórios, seguiram com a economia, o poder e se esqueceram de todo o mal que causaram a humanidade. O conflito terminou, todavia os que foram mortos jamais serão esquecidos por aqueles que perderam seus entes queridos.
Antes de julgar a qualidade em que está sendo governado o seu país, antes de criticar as decisões do governante em relação à pátria, lembre de que você pode ter participado dessa escolha e que você pode ter colocado no poder um ditador, pessoa capaz de modificar o mundo em um campo de batalha e não em um lugar para viver em paz, como fez os nazistas que pôs em sofrimento todo aquele povo judeu. Não esqueça que a sua decisão tem parcela da culpa de alguns atos que poderão transformar o mundo!
*Ana Laura e Gabriela Santana, são alunas do 9º ano do Colégio Nossa Senhora da Piedade (CNSP).
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- Renato Araujo Chagas, graduado em História pela Universidade Federal de Sergipe.
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