domingo, 7 de dezembro de 2014
Por: Maria Paula¹
“Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados por
sua personalidade, não pela cor de sua pele. Aprendemos a voar
como os pássaros, a nadar como os peixes, mas não
aprendemosa simples arte de vivermos juntos como irmãos.”
Martin Luther King
O dia da consciência negra, criado com objetivo de homenagear a etnia, visa combater o preconceito racial que persiste nas escolas, no mercado de trabalho e até mesmo no meio publicitário. A data foi escolhida em memória de Zumbi dos Palmares, grande mártir da escravidão no Brasil e – ironicamente – “proprietário de escravos raptados que trabalhavam forçadamente no Quilombo dos Palmares” (NARLOCH, 2011).
Em pleno século XXI, o racismo continua sendo comum nos mais diversos cenários, mesmo com todos os esforços do governo e de diversas organizações presentes por todo o país, que é vastamente miscigenado.
Na Declaração sobre a Raça e Preconceitos Raciais de 1978, consta que todos pertencem à mesma espécie e descendem da mesma origem, sendo integrantes da humanidade iguais em dignidades e direitos.
Sabe-se que, discriminar consiste em diferenciar, restringir ou distinguir um grupo. Assim sendo, o próprio dia dedicado à etnia negra acaba se tornando um meio de diferenciá-lo das demais, que não possuem uma data específica para refletir e não costumam sofrer preconceito.
Ninguém nasce racista, apesar disso, a sociedade e seus padrões acabam contribuindo para exclusão dos negros, chegando a casos extremos, como os ideais nazistas da Segunda Guerra Mundial e o apartheid na própria África.
No Brasil, programas sociais buscam integrar os negros na sociedade, tais como, as cotas universitárias, onde muitas pessoas são beneficiadas. No entanto, cabe à população questionar se essa é uma medida realmente justa. O governo alega que o país deve recompensar os negros pela discriminação sofrida ao longo do tempo, quando deveria, na verdade, oferecer a igualdade que lhes foi negada, através de um sistema mais justo.
Combater o preconceito racial é uma tarefa difícil, principalmente pela carga histórica que os afrodescendentes trazem consigo. Mas, aos poucos, muitas barreiras estão sendo vencidas. Durante os anos, figuras como Nelson Mandela, Martin Luther King e até mesmo Barack Obama vem surgindo e provando que os negros devem ter orgulho e unir-se com os demais povos a fim de conquistar a igualdade.
Referência:
NARLOCH, Leandro. Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil. 2a edição, revista e ampliada. São Paulo: Leya, 2011. 367 páginas.
¹Maria Paula de Oliveira Antão é aluna do 9º Ano do Colégio Nossa Senhora da Piedade.
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- Renato Araujo Chagas, graduado em História pela Universidade Federal de Sergipe.
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